Sempre ouvi falar muito bem da vinícola Lapostolle e minhas expectativas eram grandes! Mas já adianto para você que elas foram superadas. No primeiro final de semana de março, numa viagem romântica (vai ter outro post para contar essa parte) com o maridão para o Valle de Colchagua, tivemos a oportunidade de visitá-la.
Escolhemos esse final de semana em função da festa da Vendimia de Colchagua, que é o evento que celebra a colheita anual das uvas. Como amantes de um bom vinho chileno, aproveitamos para fazer um passeio e tivemos a companhia de um casal de amigos, a Bárbara e o André.
Saímos de Santiago de carro às 8 horas da manhã e às 10h30 já estávamos começando o tour no Viñedo Apalta da Lapostolle. Quem nos recebeu foi o simpático guia Jorge, que iniciou a apresentação na parte externa e explicou o design da construção, que já se destaca quando entramos na propriedade. Segundo o Jorge, a ideia do arquiteto foi criar algo que representasse um ninho de pássaro, mas ficou bem parecido com um barril, ele mesmo confessa.
Nesse vinhedo (a Lapostolle possui outros dois no Valle de Casablanca e no Valle Cachapoal), somente é produzido um vinho – o Clos Apalta – que é o ícone e custa cerca de R$ 500. E para nossa alegria, o tour incluiu a degustação dessa joia!
Além da produção do vinho, a vinícola também possui um exclusivo e luxuoso hotel, o Clos Apalta Residence, de apenas 4 quartos e com diárias em torno de US$ 1.500. Se quiser conhecer, vou deixar o link do Booking para você fazer a reserva por aqui e contribuir com a manutenção do blog sem pagar nada a mais por isso.
Continuando o tour, o guia nos explicou o modelo de produção do Clos Apalta, já que um vinho ícone não se produz sem diferencial. Para começar, a colheita das uvas é feita de madrugada e 100% de forma manual para mantê-las numa temperatura adequada. A seleção das folhas e frutos é feita por uma máquina muito moderna, mas as mãos humanas também entram nessa fase, dando uma última revisada.
Depois disso, entramos na Bodega onde começa o processo de maceração e fermentação. O interessante é que, nessa etapa, são utilizadas barricas de madeiras francesas ao invés de barricas de aço inoxidável. Outra curiosidade: as uvas também são amassadas manualmente com pás gigantes, lembrando um pouco a técnica antiga de amassá-las com os pés.
Todo esse processo é feito com as cepas separadas. O Clos Apalta é um blend com a mistura das seguintes uvas: Carmenère, Cabernet Sauvignon, Merlot e Petit Verdot, ainda que tratadas separadamente.
Em seguida, o vinho, ainda sem misturar, é guardado por um ano em barricas francesas e novas, ou seja, apenas um uso, e assim vamos notando que o cuidado na produção reflete na qualidade final.
Depois de um ano de guarda, recomeça o serviço do enólogo. Hora de trabalhar para fazer a mistura e ter a certeza de que está produzindo um excelente produto. Essa é a única etapa feita em barrica de aço inoxidável. Após 3 anos, o Clos Apalta está pronto e ainda pode ser conservado na garrafa por até 12 anos.
Durante o tour, também pudemos admirar o design da parte interna da vinícola. O acesso se dá pelo alto de uma escada maravilhosa em formato de espiral que, segundo o guia, remete ao vinho sendo servido na taça. No meio dessa estrutura, há um pêndulo decorativo que representa o movimento da terra e faz referência ao fato de que a vinícola é orgânica e biodinâmica. Paredes de pedras foram mantidas para ajudar no equilíbrio da temperatura. Dá para perceber que, além de um excelente vinho, a Lapostolle se preocupa com a conexão da sua atividade com a natureza. E por tudo isso dei spoiler no início e contei nossas expectativas foram superadas.
A degustação
É nessa sala de guarda linda, e também muito fria, que aconteceu a degustação. Ficamos impressionados com a beleza do espaço na hora em que o guia abriu a porta. Já o frio se resolveu com a manta oferecida para os visitantes. Adorei!
Um detalhe interessante é que, debaixo dessa mesa enorme, fica a coleção de vinhos dos donos da vinícola.
Degustamos 3 vinhos. O primeiro um Sauvignon Blanc, fresco e muito agradável. Depois, um Merlot 2014, bastante amadeirado e com taninos marcantes. Eu não gostei, nunca fui muito fã de Merlot. E, por último, o mais esperado – Clos Apalta! Meu Deus! É possível perceber a diferença quando o vinho toca na boca. Maravilhoso!
Informações importantes:
- Preço do tour: $20.000 pesos chilenos
- Para agendar: clique no site da Lapostolle
O que mais fazer nesse dia:
Aproveite o dia e conheça outra vinícola no Valle de Colchagua. Tem a Viu Manent que tem um tour delicioso de charrete, ideal para quem viaja com crianças, elas adoram. Nessa vinícola tem o restaurante Rayuela que é muito bom. Tem também a MontGras que sempre tem uma programação especial para colheita das uvas.
Outra opção é conhecer a vinícola Santa Cruz. Nós fomos e eu ainda vou escrever o post. Nela também tem restaurante, museus e até um teleférico.
Mais uma opção para um almoço delicioso é o Fuegos de Aplata, restaurante do chef argentino Francis Mallmann, que fica na vinícola Montes.
Que tal uma viagem romântico para o Valle de Colchagua? Leia aqui as nossas dicas.
Como chegar
O Valle de Colchagua merece um final de semana inteiro, mas dá para fazer bate e volta também. Se for para ficar o final de semana, o ideal é alugar carro. Para o deslocamento entre as vinícolas, a sugestão é usar táxi e poder fazer a degustação com a tranquilidade de quem não vai precisar dirigir. Ficamos hospedados no hotel Noi Blend. Maravilhoso! Também vou deixar o link para você reservar pelo Booking
Para fazer bate e volta, pode-se contratar agência ou ir de ônibus (é demorado, mas vale a pena para quem quiser economizar). Os ônibus tem saída do Terminal Santiago – Estação Central do metrô.
Na primeira semana de março é a festa da Vendimia de Colchagua. Leia o post aqui.
Texto revisado por Bárbara Mussili, criadora do blog Refúgio Ameno.
Fotos: Bárbara Mussili
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10 comentários
Olá, Rosi! Me conta: Indo para a região sem carro e optando por hospedar longe do centro de Santa Cruz, fica complicado deslocar pelas vinícolas? Pretendo passar quatro dias completos na região. Obrigado pelos posts!!
Oi Natanael,
Nessa minha viagem aqui eu me desloquei de Uber e foi super tranquilo! Veja https://nosnochile.com.br/chile-um-final-de-semana-delicioso-no-valle-de-colchagua/
Um abraço!
Bom dia, Rosi!
Fiquei em dúvida entre a vinícola Vik e a Lapostolle. Sei que as 2 são ótimas, mas qual seria sua sugestão?
Oi Erika,
que pergunta dificil, eu também gosto muito das duas, mas ficaria com a VIK por ser uma construção mais moderna e diferenciada.
Um abraço!
Bom dia Rosi! Excelentes informações. Obrigado. Há a possibilidade de entrar na vinícola sem ter que pagar pelo tour? Existe alguma “lojinha” para compra de vinhos?
Muito obrigado.
Oi Roberto,
Sim, existe a loja onde você pode entrar para comprar vinhos.
Um abraço!
Olá, muito bacana as informações sobre as vinícolas! Vou com minha família para o Chile em setembro. Passaremos pelo Valle de Colchagua rapidinho, e teremos tempo de conhecer apenas 2 vinícolas. Quais são as duas prediletas? Alguma sugestão? São todos adultos.
Muito obrigada, e parabéns pelo blog!
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