Há muitas vinícolas em Mendoza, cidade argentina que fica ao pé da Cordilheira dos Andes. A cidade é famosa pelas vinícolas e pelos vinhos.

Já as vinícolas de Mendoza, são conhecidas pelos seus vinhos tintos, que são produzidos com uvas da região.

Além de serem abertas ao público, elas oferecem degustações de vinho e passeios pelas propriedades.

Neste artigo, você irá saber quais as melhores vinícolas para visitar em Mendoza, na Argentina.

Confira!

Mendoza, Argentina

Antes de tudo, Mendoza é a cidade responsável por quase 80% da produção dos vinhos na Argentina. Esse post é continuação da nossa viagem de carro saindo de Santiago.

É a nossa segunda vez na cidade. Na primeira foram 3 dias e meio, 8 vinícolas visitadas e 45 rótulos degustados.

Dessa vez, foi um bate e volta rapidinho, pois chegamos numa sexta-feira, por volta das 13 horas e no domingo à tarde já pegamos estrada de volta.

Neste post vou contar um pouquinho das nossas impressões sobre cada lugar que conhecemos nesse final de semana em Mendoza.

Conforme eu já falei em outro post, diferente do Chile, em Mendoza as vinícolas são chamadas de Bodegas.

Agora, conheça as melhores vinícolas em Mendoza.

 

Vinícolas em Mendoza que você não pode deixar de conhecer:

 Bodega Terrazas

Chegando em Mendoza, já tínhamos um almoço harmonizado reservado na Bodegas Terrazas.

Nós não fizemos o tour, fomos somente para almoçar. O restaurante fica num casarão lindo e com um jardim bastante espaçoso e agradável, mas eu não gostei do almoço.

No dia da nossa visita, apesar de o lugar estar completamente vazio, eles nos colocaram numa mesa de fundo sem vista para nada, isso já me deixou desanimada.

Além do mais, o atendimento também não foi lá essas coisas.

A comida era ok, mas nada formidável. Já a sobremesa, harmonizada com um espumante não ficou boa. Dentre tantas opções em Mendoza, definitivamente não escolheria Terrazas de novo.

Bodega Familia Cassone

No sábado, o nosso dia começou na Bodega Cassone, uma vinícola familiar de origem italiana e bem pequena. Agora sim, fizemos um tour completo com degustação.

Durante o tour, a guia explicou sobre o processo de irrigação, que é feito por inundação, uma forma antiga e que ainda é utilizada pela vinícola. Além disso, ela ressaltou também que toda a colheita é feita de forma manual. Em seguida, degustamos quatro vinhos premium – três tintos e um rosé.

A vinícola é bem interessante, com tour personalizado e vinhos de qualidade, ideal para quem procura vinícolas de pequena produção.

PASRAI Olivícola

Não vistamos apenas vinícolas em Mendoza. Afinal, a cidade também é famosa pela produção de azeites, então incluímos a visita a uma olivícola.

O tour tem uma explicação sobre o processo de produção e degustação de variados tipos de azeite de oliva.

Foi interessante aprender sobre isso. Tirei vários preconceitos que eu tinha, aprendi também que só 15% de uma azeitona é aproveitada para o azeite, 50% é água e 35% é a polpa. A Pasrai utiliza o método tradicional.

Valeu a visita, mas achei a olivícola bem comercial, se você gosta de azeite e quer aprender mais, sugiro escolher uma menor, com produção mais artesanal.

No final do tour, ainda tivemos acesso à loja que tem vários produtos à base de azeite: sabonete, creme hidratante, óleo corporal hidratante e outros.

Almoço na Bodega El Enemigo

Desde já, foi tão bom que repetimos a dose.

Isso porque, estivemos na El Enemigo na nossa primeira viagem a Mendoza e agora voltamos.

O lugar é agradável, colorido e a gente fica muito à vontade. Estávamos com o casal de amigos Karina, Cris e o filho Lorenzo.

Aliás, se querem dica de Mendoza com criança, leiam os posts da Karina no blog Nossa o mundo é nosso.

Preciso dizer que a El Enemigo já nos surpreendeu logo de cara quando chegou uma tábua de pãezinhos e patês que estava muito boa, tudo quentinho e feito ali mesmo.

O que eu achei mais interessante nesse restaurante é que o vinho é à vontade e você faz a harmonização que quiser, ou seja, você combina as variedades de vinhos com o que preferir. Afinal, não existe regra de harmonização, isso é muito legal!

Mas não é só isso; a comida também é muito boa, atendimento excelente, a maioria dos garçons são sommeliers, portanto, sabem explicar e tirar todas as dúvidas sobre os vinhos.

E mais: as sobremesas são surpreendentes.

Além disso, no restaurante existe uma loja e é impossível não sair de lá com pelos menos umas seis garrafas, mesmo morando no Chile eu trouxe.

Vinícolas em Mendoza: Bodega Carmelo Patti

Só saímos da El Enemigo porque tínhamos uma visita agendada nessa pequena vinícola onde o próprio dono nos recebeu e contou sua história.

Eles fabricam vinhos artesanais e feitos de forma manual. O senhor Carmelo Patti é muito simpático e mostrou com orgulho o seu livro de visitas; falou sobre as mensagens dos famosos que já passaram por lá e que os brasileiros são o número um em visitas.

Os vinhos são deliciosos, comprei e trouxe para o Chile. Mas, como eles já acabaram estou achando que já está na hora de voltar a Mendoza.

A simplicidade e o carinho com que fomos recebidos faz dessa vinícola uma visita obrigatória. Ela não tem luxo, mas é cheia de história. Então, se é isso que você busca, pode colocá-la no seu roteiro.

Uma pena que era a minha terceira visita do dia e eu já estava bem alegrinha com tanto vinho! No sábado fechamos o dia aqui.

 

Tour, degustação e almoço na Chandon

Ainda visitamos mais vinícolas em Mendoza.

No domingo de manhã era hora de voltar para casa, mas como a Chandon fica no caminho, não pensei duas vezes e agendei um tour com degustação e almoço.

Nesse dia, só eu fiz a degustação, pois o Flávio estava dirigindo. Mas vou te contar que me surpreendi com a Chandon!

Eu não queria colocar no roteiro por ser bem turistona, mas conseguiram me encantar. Afinal de contas, o tour é muito bem explicado, ou seja, conta tudo sobre os processos e métodos de produção de um dos espumantes mais famosos do mundo.

A Chandon está presente em seis países: Argentina, Brasil, Estados Unidos (Califórnia), Austrália, China e Índia e 30% da produção fica na Argentina. Durante o tour, a guia nos explicou a diferença entre os métodos de produção do espumante: o método chamart, champenoise e o tradicional.

Aliás, durante a degustação a explicação continuou; de 6 a 8 graus é a temperatura ideal para tomar o espumante.

E quem disse que não pode colocar gelo? Na Chandon pode!

Almoço na Chandon de Mendoza

O almoço foi bom também. O ambiente é agradável, o atendimento é excelente e a comida, maravilhosa.

A refeição é harmonizada com quatro tipos de espumantes.

Valeu muito a pena e eu recomendo. A vinícola é muito bonita, nem dá vontade de ir embora. Tem um gramado perfeito para fazer piquenique, ideal para passar uma tarde.

Só não ficamos porque já era nossa hora de pegar estrada e tinha previsão de neve na cordilheira. Como dirigir com neve é bastante perigoso, o quanto antes a gente pegasse estrada era melhor. E lá fomos nós.

Dicas de Mendoza, Argentina

  • Melhor empanada: Restaurante Ceibo
  • O Melhor Sorvete: Famiglia Perin
  • Alfajor inesquecível: Entre Dos
  • Passeios pelas praças:  Plaza España e Independência, que tem uma feirinha.
  • Onde ficar em Mendoza: Fuente Mayor Hotel. Tem ótima localização, hotel novo, mas o café da manhã poderia ser melhor.
  • Para nossos  passeios: contratamos o Leonardo da Vendimia Wine Tour.

 

 

Antes de finalizar, para quem ficou com curiosidade: pegamos um pouco de nevasca na entrada do Chile, mas fiquei fazendo stories e nem lembrei de tirar uma foto.

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E aqui vou me despedindo de mais um post de Mendoza, cidade que pretendo voltar muitas vezes ainda, mas nas próximas vou de avião para ganhar tempo.

Leia mais posts sobre Mendoza aqui na minha página!