Olmué é uma pequena cidade que está a cerca de 90 quilômetros de Santiago, aos pés da Cordilheira da costa.
É muito conhecida pelo festival del Huaso que é realizado todos os anos sempre na última semana de janeiro.
O evento é famoso e acontece desde 1970. Inclusive, é transmitido ao vivo em rede nacional. É um dos eventos musicais mais importantes do Chile, só perde para o de Viña del Mar.
Durante a minha viagem perguntei a vários chilenos o significado de huaso e, para a minha surpresa, as respostas foram variadas: uns disseram que o huaso é o homem de campo chileno, outros me disseram que para ser um verdadeiro huaso precisa ser chileno e saber domar os cavalos. Em resumo, vou dizer que é o homem do campo chileno que sabe domar cavalos.
Em Olmué também está o Parque Nacional La Campana que preserva fauna e flora únicas da região.
O Valle de Olmué apresenta um clima considerado como um dos melhores do planeta e, por isso, a Organização das Nações Unidas (ONU) o declarou como Reserva de la Biosfera.
Eu moro em Santiago há oito anos e isso foi uma novidade para mim. Escutei várias pessoas da região contando casos de visitantes que passam três ou até cinco dias na cidade para ajudar nos tratamentos respiratórios. Os residentes de Olmué contam essas histórias com orgulho do local onde vivem.
Foi a minha primeira vez na cidade e conhecer Olmué foi ter a oportunidade de conviver com costumes típicos do campo chileno, além de provar gastronomia regional, relaxamento e descanso rodeado pela natureza.
Vou te dar sugestão para você fugir dois dias de Santiago e poder viver um pouco das tradições do campo chileno.
Primeiro dia em Olmué
Trekking ou Cavalgada no Parque Nacional La Campana.
Eu fiz o percurso de subida a cavalo e foi bastante tranquilo apesar de ser uma subida íngreme.
Fomos acompanhados de guias do Olmué Vive Turismo. Já para descer fiz a opção de voltar caminhando para passar por dentro do parque e ir conhecendo a vegetação do lugar.
As guias de Olmué Nômade foram explicando sobre o bosque nativo e também sobre o maray, um artefato de pedra utilizado pelos incas para moer alimentos. Maray é derivado do maran, que em Quechua (língua mapuche) significa bater ou moer. Segundo as guias, o maray foi introduzido ao Chile no século XV, durante a expansão Inca. Hoje é um recurso natural, protegido e cuidado pelo Parque Nacional La Campana. As guias de Olmué Nomade também oferecem outros tipos de trekking e tours na região.
É importante sempre ter uma garrafa de água, se for uma garrafa reutilizável melhor ainda para evitar o consumo excessivo de plástico.
Depois da cavalgada bateu aquela fome e fomos provar comidas típicas chilenas Chegamos ao espaço Olmué Vive Turismo, que é uma área para eventos com comidas e apresentações típicas. Como éramos um grupo grande, mais de vinte jornalistas e influencers chilenos (só eu de brasileira), o espaço estava reservado exclusivamente para nós.
Fomos recebidos com o baile típico chileno – a cueca. Música ao vivo e dançarinos fizeram um show que deixou todos com vontade de entrar na dança. Nesse local também estavam alguns artesãos da região apresentando com orgulho os seus produtos em madeira, argila, tricô, tudo típico da região.
As comidas típicas também estavam presentes: empanadas, pastel de choclo, cazuela e as sobremesas também deliciosas. Tudo acompanhado de um bom vinho chileno. Boa conversa, boa comida e bom vinho… não precisava de mais nada.
Como esse era um evento fechado, sugiro para quem for passar o dia um almoço com a opção de provar as cervejas artesanais da Casa Gea – hamburgueria e cerveja artesanal, que fica no Centro de Olmué.
Segundo dia em Olmué
Acordamos e tomamos um café da manhã bem caprichado no Hotel Copihue. Aproveitamos também para um momento de relaxamento no hotel com direito a jacuzzi na área externa do hotel com uma linda vista para o jardim e teve até massagem. O hotel também tem piscina de água temperada.
Depois partimos para conhecer um criadouro de alpacas. Para mim, era o passeio mais esperado, então estava com a expectativa alta.
Fomos recebidos pelas donas do local, duas simpáticas senhoras que explicaram sobre o espaço. Tivemos a oportunidade de alimentar as alpacas e até ver a retirada das lãs, mas nessa hora não fiquei perto, fico com dó. Depois as alpacas são soltas e a gente tem a oportunidade de chegar muito perto, fazer um carinho e tirar fotos.
Vale muito a pena, principalmente para quem viaja com crianças. E o lugar ainda tem uma vista muito linda para a cordilheira.
No local também tem produtos para vendas.
Antes de pegar a estrada de volta para Santiago, nada melhor que um tradicional almoço chileno. Almoçamos no restaurante El Fogón Las Pircas.
Fomos recebidos com uma bela apresentação de cueca e um delicioso pisco sour acompanhado de empanada.
Quer coisa mais chilena que isso? Pisco sour e empanadas. Também comemos uma parrillada e provamos alguns licores de frutas locais.
Hospedagem em Olmué
O grupo se dividiu entre dois hotéis. Eu fiquei no Copihue, um hotel antigo e que está começando a passar por uma modernização. A área do café já foi toda remodelada, mas os quartos ainda precisam de uma melhora. A vantagem é que os quartos são enormes, tem um jardim bem bonito e fica muito bem localizado, além de um café da manhã muito bom e o dono sempre presente e bem simpático.
A outra opção de hotel é o Olmué Natura, bem mais novo e com uma excelente estrutura. Na noite anterior estivemos lá para um evento fechado com música ao vivo e foi muito bom, porém que ficou lá não gostou do café ter sido servido nos quartos. Não sei se ainda segue assim ou foi por medida conta covid.
Fotos do hotel Copihue
E então, você acha que vale a pena dar uma fugida de Santiago para viver um dia de campo chileno?
Deixa aqui embaixo no españo de comentário!
Fiz a viagem a convite da Corporación Regional de Turismo de Valparaíso, o texto reflete a minha opinão do lugar.
Links dos locais citados no texto
CONAF – Parque Nacional La Campana
Vive Turismo 🌵🍃🌏 (@olmueviveturismo) • Fotos e vídeos do Instagram
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Alpacas Gulmué (alpacasgulmue.com)
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