Em 2015 eu visitei o Museo Nacional de Bellas Artes pela primeira vez com a família.

Mas, com o passar do tempo, minha percepção sobre este espaço se ampliou, merecendo ainda mais interesse em visitá-lo.

Foi por isso que resolvi complementar o post anterior, reforçar por que o Museo Nacional Bellas Artes merece estar no seu roteiro de viagem para o Chile.

Fundado em 1880 com o objetivo de reunir obras artísticas que estavam espalhadas pelo país. Para começar com essa história, acrescento que o atual edifício somente foi inaugurado em 1910, no auge da modernização urbanística de Santiago. Ao passear pela capital e observar seus diversos outros prédios de estilo neoclássico, é possível verificar que eles são mais ou menos da mesma época. A inspiração era as capitais europeias, como Paris. O próprio arquiteto que projetou o museu possuía nacionalidade chilena e francesa. Outra motivação era preparar a cidade para a celebração do centenário da Independência do Chile.

Mais de cem anos depois desta comemoração, o Bellas Artes se consolidou como um lugar de valorização das artes visuais mantendo um acervo de cinco mil peças de autores nacionais e estrangeiros, desde o período colonial. Além da sua monumental arquitetura, são pinturas, fotografias, esculturas, desenhos, entre outros, que fazem o visitante perceber a riqueza de seu conjunto.

Logo na entrada, o hall principal se impõe com uma enorme cúpula de cristal em estrutura metálica importada da Bélgica e trazida de navio para o Chile. A iluminação é natural e permite uma sensação de amplitude. Neste espaço, pode-se apreciar várias esculturas de mármore, bronze e de outros materiais. Originais ou reproduções, elas são tão perfeitas que parecem modelos reais. É um local interessante também porque, além dos visitantes, muitos estudantes circulam e desenham por ali. Então, podemos ter noção da importância do museu para formar novos talentos. É neste lugar também que, muitas intervenções artísticas acontecem.

Além de todos estes atrativos, que já justificam conhecer o MNBA, é preciso destacar sua localização privilegiada na região metropolitana de Santiago, no meio do Parque Forestal. Utilizando o metrô, a estação da linha 5 pela qual se chega no museu tem exatamente o mesmo nome: estação Bellas Artes. Ao acessar a superfície, um lindo mural já indica que as redondezas têm o mesmo astral.

E estando por lá, depois de conhecer o MNBA, você pode fazer uma dobradinha com o MAC – Museu de Arte Contemporânea, exatamente atrás do Bellas Artes. Existe uma passagem interna que interliga os dois espaços ou pode-se sair de um, caminhar pelo parque e acessar o outro em pouquíssimos minutos de caminhada.

 

Quer mais uma dica? Você também estará bem perto do Cerro Santa Lucía e do Barrio Lastarria. Dependendo da sua programação, você ainda pode aproveitar o dia almoçando em um dos restaurantes da calle José Victorino Lastarria, como o Liguria, ou mesmo tomar um café na lojinha do museu. Aliás, existem outras opções de cafeterias nos arredores. É só explorar a região caminhando para descobrir. Depois de admirar as exposições, qualquer uma destas opções será perfeita para complementar seu passeio e seguir para o próximo.

entrada para o museu é gratuita. Ele está aberto para a visitação de terça-feira a domingo, de 10h às 18h45.