Na língua indígena, colchagua significa vale de pequenas lagoa.
A palavra acabou batizando o nome de uma província na região de O’Higgins e um vale vitivinicultor: o Valle de Colchagua.
Na época da independência do Chile, as famílias mais tradicionais do país compraram terras neste lugar e construíram lindas fazendas com mansões históricas que se tornaram adegas onde se produzem vinhos premiados, com projeção internacional.
Vai por mim: Conhecer Colchagua é um passeio imperdível para os amantes de um bom vinho.
Já havia visitado a Viu Manent com a família em 2015 e voltei agora porque já estava passando da hora de atualizar as informações e as fotos.
Como é o tour na vinícola Viu Manent, no Valle de Colchagua
Viu Manent é uma vinícola familiar fundada em 1935.
O tour começou na área interna com o guia contando um pouco dessa história. Em 1993, foi a primeira a produzir e etiquetar um Malbec chileno e essa uva é a especialidade da casa. Do total da produção, 85% é exportada para 45 países. O vinho ícone é o Viu 1, uma homenagem ao fundador da vinícola.
Em seguida, fomos para a área externa e o guia mostrou o jardim de variedades. E você vai me perguntar: “Rosi, o que tem de diferente nessa vinícola para ela ser a queridinha?” É que o passeio para conhecer os vinhedos é feito em lindas charretes. É bastante agradável escutar as explicações do guia enquanto passeamos pelas plantações. Para quem viaja com criança, esse é um diferencial.
Curiosidade:
O consumo per capita de vinho no Chile é de quinze litros por ano.
Muito pouco, apesar de ser o sexto maior produtor do mundo. Para se ter uma ideia, Portugal é o país com maior consumo de vinho. Em média, cada habitante consome 54 litros por ano (informação do guia).
Depois, fomos conhecer as bodegas, onde degustamos o primeiro vinho. Ele foi servido direto de um tanque de inox, ideal para controlar a temperatura durante a fabricação e com capacidade de 6.000 litros.
Passamos pelas barricas de concreto e, por último, pelas de madeira, mais tradicionais e onde ficam guardados os vinhos ícones por três anos. O guia explicou todo o processo de produção.
Após essa parte, voltamos de charrete para a sala de degustação.
Hora de experimentar os outros vinhos: Merlot 2017, Carménère Reserva 2017, Cabernet Sauvignon Gran Reserva 2017 e o Malbec 2016. No total foram degustados cinco vinhos.
A vinícola conta com um restaurante, o Rayuela Wine & Grill. Não almoçamos lá dessa vez, mas vou contar nossa opinião quando o conhecemos na visita anterior.
O restaurante
Com uma linda vista para os vinhedos e para o Valle de Apalta, o restaurante da vinícola é excelente. Vale reservar uma mesa e se deliciar com a comida acompanhada por bons vinhos.
Estava um dia lindo e com sol e pudemos desfrutar da vista. Sentamos na parte externa do restaurante, debaixo das parreiras. E detalhe: nem precisamos de sobremesa.
A especialidade do Rayuela são os grelhados: carnes, pescados e cordeiros.
Importante:
Aproveite para conhecer outras vinícolas da região, dá para visitar mais de uma por dia. Ao final deste post, vou deixar a relação das que já visitamos. Outra opção é combinar uma vinícola com o Museu de Colchagua.
Melhor época para visitar: entre novembro e março para ver o vinhedo verdinho. Lembrando que, entre março e abril, acontece a vindima (a colheita das uvas que é vendimia em espanhol) e você tem a possibilidade de participar da festa. Nessa época, as vinícolas oferecem atividades diferenciadas. Veja neste post. Mas… visitar uma vinícola é quase que uma obrigação para quem vem ao Chile então, vá em qualquer época do ano. O que muda é a paisagem, de acordo com as estações do ano.
Caso queira se hospedar em Santa Cruz como eu, aviso que fiz os passeios na região com a agência Colchagua Turismo Rural.
Viagem feita a convite da Sernatur O’Hoggins e o texto reflete minha opinião.
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