Nosso último dia no Atacama foi dedicado ao Salar de Tara, um lugar surpreendente e inesperado.
O Salar de Tara é um grande lago salgado que fica a 4 mil metros acima do nível do mar, na Cordilheira dos Andes.
É o segundo maior salar do Chile, perdendo apenas para o Salar de Atacama.
É um passeio de dia inteiro. O Salar de Tara está localizado a cerca de 140 quilômetros de San Pedro, quase na fronteira com Argentina a 4.500 metros sobre o nível do mar.

Salar de Tara
- Altitude: 4.500 msnm
- Temperatura: variou entre 4 e 20º (Verão – Fev 2017)
- Duração do passeio: 8h às 16 horas
- Importante: Não tem banheiro disponível nesse tour.
- O tour inclui café da manhã e almoço
Nossa dica: É passeio para deixar para o último dia, assim já estará bem ambientado com a altitude e o risco de passar mal é menor. Ir bem agasalhado em qualquer época do ano.
Caminho para o Salar de Tara
Saímos bem cedo do hotel e percorremos a estrada por uma hora e fizemos nossa primeira parada para mais um belo café da manhã. Nesse dia nossa família foi sozinha num carro menor com o simpático guia Luis, um chileno que fala português muito bem. E estávamos juntos com um grupo maior que ocupava uma van. O Luis nos avisou que havia previsão de muito frio e chuva e que não tinha certeza se conseguiríamos chegar ao Salar de Tara por causa da previsão de chuva. Segurança em primeiro lugar!
Ele estava tímido, escondido por detrás das nuvens, mas conseguimos fotografá-lo. Era o imponente vulcão Licancabur, apesar de o dia estar nublado, tomar café da manhã em meio a essa paisagem foi realmente impressionante.
Como já falei nos posts anteriores – conhecer o Atacama é um sonho realizado. Sinceramente, lugar mais lindo que já conheci no Chile. E o que tinha de bom nesse café da manhã? Em primeiro lugar, é claro, a paisagem. Depois, o pão com ovos mexidos (preparados na hora), bolos, café com leite, outras delicias e até um doce de leite argentino. Humm!!! Perfeito! Terminado o café, entramos no carro e seguimos nosso caminho.
Sei que já falei isso, mas é cada paisagem nesse deserto que a gente fica louca. E lembra que no começo do post contei que esse passeio nos surpreendeu? Pois é, pasmem! Já sabíamos da previsão de chuva, mas nunca imaginávamos que veríamos neve no Deserto. Isso mesmo, neve no Deserto mais árido do mundo.
E é lógico que paramos para tirar fotos. As pessoas que estavam no outro carro ficaram encantadas, ainda não conheciam a neve. A alegria foi geral! Era uma capinha fina, mas já deixou o povo feliz da vida!
Continuamos nosso caminho e chegou a hora de abandonar a estrada e se aventurar pela imensidão do Deserto por um caminho que só é possível fazer com quem já conhece e está acostumado com o percurso.
Reserva Nacional Los Flamencos
Chegamos então na Reserva Nacional Los Flamencos, onde fica o Salar de Tara e o dia continuava muito nublado e a chuva estava ali doida para cair. Veja como o céu estava cinza!
Paramos nas formações rochosas que brotam do chão, conhecidas como “Los monjes de la Pacana”. Segundo o guia, é um fenômeno que se dá devido ao local ser uma cratera vulcânica – a maior do hemisfério Sul, e que em certos pontos foi soltando lavas e com o tempo se solidificou, formando essas rochas. Entre elas, o conhecido Índio, quem passa por ali tem que tirar uma foto divertida, rolou até um beijinho.
Já disse isso, mas é importante reforçar, para chegar até esse lugar não tem estrada e nem sinalização. É um verdadeiro rally pelo deserto. Por isso é importante contratar uma boa agência, esse é um passeio que não daria para arriscar de fazer por conta própria.
Continuamos nosso caminho. O carro era um 4 X 4 e mesmo assim foi sacolejando pela estrada de pedra, mas tanto balanço compensou. De longe já avistamos os Catedrais de Tara, que é essa cadeia de formação rochosa. E no fundo, apesar de estar super nublado conseguimos avistar o Salar de Tara.
Nessa hora começou a chover, voltamos correndo para o carro, queríamos chegar ao Salar de Tara e tinha que ser rápido para não ficarmos ali presos sem conseguir voltar com segurança para a estrada. Os guias estavam o tempo todo preocupados com a nossa segurança.
Chegamos no Salar de Tara! Mesmo com o céu cinza, muito frio e chuva o lugar é realmente deslumbrante. E claro que as cores não estavam tão vivas e os flamingos estavam distantes e tímidos. Ainda assim ficamos encantados com a perfeição do lugar. Foi um passeio sensacional para toda família! E não tem como não ficar perplexo com essa natureza tão diversa.
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E para nossa surpresa, na volta, mais neve! Esse capinha branca aí é neve.
Chegamos na estrada com segurança e a chuva resolveu cair de vez. Chuva e mais neve na estrada, muita neve. Infelizmente não consegui fotografar, por segurança, o Luis preferiu não parar o carro na estrada e continuamos nosso caminho já pensando no almoço. Nessa hora já começa a bater a fome.
Depois de quase uma hora o sol reaparece e os guias decidiram que almoçaríamos no mesmo local do café da manhã. E aí já estava calor e o céu azul. O clima no Deserto muda rápido, você tem que sair preparado para tudo. Sentamos, almoçamos com calma, numa paisagem maravilhosa. O grupo todo reunido, conversa boa e muita alegria por estarmos ali. Comidinha gostosa com direito a vinho e suco natural.
Dica sobre o Salar de Tara
Nossa dica: lembra que no início do post falei que não tem banheiro disponível nesse passeio? Pois é, não tem banheiro, mas tem pedras gigantescas, e como diz a Yasmim, banheiro inca. Por isso é muito importante levar uma nécessaire com papel higiênico, lencinho umedecido, hidratante, protetor solar, protetor labial, bepantol, álcool gel, sorine e uma sacolinha para lixo. Para quem viaja com filhos isso é muito importante. E água, sempre.
Depois da barriguinha cheia, era hora de despedir dessa paisagem deslumbrante. Pegamos o caminho de volta para San Pedro. Chegamos na cidade às 4h da tarde. Cansados, mas felizes! Hora de descansar e arrumar malas.
No dia seguinte era nossa partida para Santiago.
E então já pensando em incluir do Deserto do Atacama no seu roteiro?